O Tribunal Constitucional tornou o aborto praticamente impossível no país
Na Polónia, continua o protesto contra a proibição quase total do aborto. Na quinta-feira, o tribunal constitucional considerou que uma lei que permitia o aborto de fetos malformados era "incompatível" com a constituição.
Os manifestantes pedem "liberdade, igualdade e direitos para as mulheres”.
Barbara Nowacka, deputada da oposição, sublinha que o acórdão judicial tem impacto nas mulheres mais pobres. Defende que é preciso mostrar solidariedade mas, acima de tudo, mudar a Polónia. Nowacka afirma que “não há nada que diga que mulheres pobres devem ser punidas por um Estado opressivo e por fanáticos religiosos”.
Malgorzata Szumowska, realizadora, diz que a Polónia não é um país onde queira viver, “é um país que humilha as mulheres”.
A decisão do tribunal constitucional significa que, a partir de agora, os abortos só serão permitidos em casos de violação, incesto, ou se houver uma ameaça à vida da mulher.
Os manifestantes apelaram a um referendo sobre o direito ao aborto de fetos malformados e alguns anunciaram que irão bloquear o tráfego em todo o país na segunda-feira.