"Para não serem maltratados", os médicos espanhóis fizeram greve, esta terça-feira. Pediram melhores condições de trabalho e maior reconhecimento, numa altura em que o país se debate com a segunda vaga da pandemia.
"Para não serem maltratados", os médicos espanhóis fizeram greve, esta terça-feira. Pediram melhores condições de trabalho e maior reconhecimento, numa altura em que o país se debate com a segunda vaga da pandemia.
"Claro que damos o máximo possível, mas chega um momento em que só há exigência e nenhum tipo de compensação. Já não digo económica, mas de estabilidade, de reconhecimento. E chega um momento em que o mal-estar é muito grande", afirma a pediatra Nadia Garcia.
No passado dia 15, em França, também houve uma manifestação dos profissionais de saúde, que pediram mais financiamento e profissionais para enfrentarem a segunda vaga.
"Em todo o mundo, estamos a ver o preço que os profissionais de saúde estão a pagar. Estimamos que 5,6 milhões de profissionais de saúde possam ter sido infectados. Infelizmente muitos deles morreram, diz Howard Catton do Conselho Internacional de Enfermeiros.
A falta de profissionais de saúde para fazer face às necessidades provocadas pela pandemia é um problema em toda a Europa. Os Hospitais Universitários de Genebra apelaram a ex-funcionários para regressarem.
"Esperamos ter cerca de 200 que virão para esta crise para ajudar todos os pacientes, porque cada vida tem o mesmo valor, sejam eles pacientes com Covid ou não ", vinca Bertrand Levrat, diretor executivo dos Hospitais Universitários de Genebra.
Em Itália, o responsável pelos serviços de urgência da Lombardia pediu, esta terça-feira, um confinamento nacional para tentar travar os contágios, dizendo que a situação nas urgências em todo o país é dramática.