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"Beaujolais Nouveau" chega sem festa devido à pandemia

"Beaujolais Nouveau" chega sem festa devido à pandemia
Direitos de autor  Laurent Cipriani/Copyright 2019 The Associated Press. All rights reserved
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De Guillaume Petit
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Contexto sanitário e restrições provocam queda nas exportações mas produtores esperam compensar um pouco com o consumo dos franceses em confinamento

A terceira quinta-feira de novembro é, tradicionalmente, marcada pelos festejos do "Beaujolais nouveau" em França. Mas, devido às restrições impostas pela pandemia de coronavírus, não há festividades no horizonte para marcar a chegada do chamado "vinho novo" da região do Beaujolais.

Mas o contexto pandémico e a consequente falta de ambiente festivo não significa necessariamente um negócio em queda, como explica Grégory Large, descendente de uma linhagem de produtores de vinho do Beaujolais: "O confinamento fez aumentar a procura. As pessoas ficaram confinadas em família e procuravam vinhos com um bom equilíbrio qualidade/preço, entre 6 e 10 euros, que é normalmente a gama de preços dos vinhos do Beaujolais. A grande distribuição regista globalmente números idênticos ao ano passado, o que significa que se comprometeu a manter o mesmo nível de encomendas do ano passado. Mas ainda assim perdemos 30% do potencial de venda como fecho dos restaurantes."

Guillaume Petit, euronews: "Os produtores de vinho não podem contar com os restaurantes, mas o que se passa com as exportações? Um terço dos 20 milhões de garrafas de Beaujolais Nouveau vendidas todos os anos são exportadas para países como os Estados Unidos, o Japão ou o Reino Unido e a Suíça, principais mercados na Europa. Vamos descobrir em que medida a pandemia afetou as exportações..."

A Maison Loron é uma exploração vitícola familiar com mais de 300 anos, durante os quais resistiu a guerras e outras pandemias. Atualmente, cerca de metade da sua produção é destinada além fronteiras.

Philippe Bardet assumiu a direção da empresa há 4 anos e explica que, em 2020, o mercado sofreu um importante impacto, com vários dos mercados tradicionalmente fortes a mostrarem sinais de enfraquecimento.

Philippe Bardet, presidente-executivo da Maison Loron: "É um ano complicado. Fazemos bom vinho, mas não é fácil vender. O mercado japonês é um grande mercado para nós, que tem tido a tendência para cair regularmente, mas que este ano está particularmente em baixo de forma. No Japão, tal como nos Estados Unidos e em Inglaterra, o que nos vai penalizar é o facto de não podermos celebrar a chegada do Beaujolais Nouveau no exterior, nos restaurantes, como se tinha tornado habitual."

Para este ano é esperada uma queda de 25% nas vendas do Beaujolais Nouveau, na totalidade do mercado francês e externo. 

Mas os produtores de vinho esperam limitar o impacto com o consumo dos franceses confinados em casa, através nomeadamente da venda de restaurantes e lojas à distância.

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