ONG's alertam para ação da polícia na Polónia, Civicus e IPPF falam em intimidação e perseguição de manifestantes.
A CIVICUS, aliança global de organizações da sociedade civil e ativistas e a Federação Internacional de Planeamento Familiar mostram-se preocupadas com aquilo a que chamam de intimidação e perseguição de manifestantes na Polónia.
No país têm acontecido, desde 22 de outubro, protestos contra o Partido Lei e Justiça, atualmente no governo, e após o Tribunal Constitucional se decidir a favor do executivo e impor um endurecimento da lei do aborto que já era uma das mais restritivas da Europa.
Segunda-feira à noite, os manifestantes voltaram a sair à rua. O protesto acabou com detenções à força, entre elas a de uma fotojornalista, que acabou depois por ser libertada apesar de a acusada de ter agredido um polícia, o que as imagens do incidente, transmitidas pelos média polacos, não mostram.
Já as referidas ONG's afirmam que um carro da polícia atropelou um manifestante. Num outro incidente, um membro da Agência de Segurança Interna lançou, deliberadamente, a sua viatura contra pessoas que participaram no protesto.
De acordo com as ONG's "advogados que prestam assistência aos manifestantes documentaram como as autoridades usaram panelas, gás pimenta e violência física contra os manifestantes. Todos esses métodos envolvem contacto físico próximo e podem levar a um aumento no risco de infecção por COVID-19", lê-se no comunicado publicado na página na internet da Federação Internacional de Planeamento Familiar.