Dúvida surgiu depois de declarações do vice-primeiro-ministro Jarosław Gowin, que Varsóvia já disse terem sido "pouco precisas"
O Orçamento da União Europeia e o fundo de recuperação para combater os efeitos da pandemia estão nas mãos de Hungria e Polónia. Em relação a Budapeste, a posição nunca esteve em dúvida e ainda esta sexta-feira Viktor Orban, na habitual entrevista semanal na rádio, confirmou que iria manter o veto porque considera que as questões políticas não podem ser ligadas às questões económicas.
Já em relação a Varsóvia, a dúvida foi lançada depois de uma declaração do vice-primeiro-ministro, Jarosław Gowin, ter sido interpretada como a vontade de chegar a um compromisso com Bruxelas. O governo polaco já veio esclarecer a situação e deixou claro que se é verdade que estão dispostos a negociar, também é verdade que existem algumas questões de que não abdicam, pelo que a sua posição permanece inalterada.
No centro da polémica estão as sanções previstas no orçamento para os países que não respeitarem o Estado de Direito. Polónia e Hungria consideram que o Tratado da União Europeia já tem mecanismos políticos para punir essa situação, pelo que não faz sentido criar também uma punição económica.