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Lar em Espanha é "fortaleza anti-Covid"

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Direitos de autor Euronews
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De  Juan Carlos De Santos Pascual
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O vírus não entra aqui há mais de nove meses.

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A residência Sagrado Corazón em Campo de Criptana, em Espanha, é uma fortaleza anti-Covid única. Já passaram 9 meses desde que o coronavírus entrou aqui pela última vez. A chave: estar sempre à frente do jogo, graças aos conselhos dos médicos.

"Antes de o governo ter declarado o Estado de Emergência, tínhamos já fechado dias antes, mesmo as visitas tinham sido restringidas a uma pessoa, sem qualquer contacto com os residentes, desde há meses", explica a Madre Superiora, Clara Morales.

O mais difícil foi suprimir totalmente as visitas. Vicente Manzaneque é padre, tem 92 anos e vive no lar. Combate a solidão com as saídas em que fala com os vizinhos através do portão: "Tenho os meios para sair: ler, ouvir música, o computador. São instrumentos que me fazem sair do quarto e percorrer todo o mundo", conta.

Antes de o governo ter declarado o Estado de Emergência, tínhamos já fechado dias antes, mesmo as visitas tinham sido restringidas a uma pessoa, sem qualquer contacto com os residentes, desde há meses.
Clara Morales
Madre Superiora

Os trabalhadores também reduziram a vida social ao mínimo. Entram agora no centro como se se tratasse de um laboratório. Dividiram o edifício em duas zonas. Excecionalmente, deixam-nos gravar no primeiro piso, a que chamam "sujo". Nos outros andares, criaram salas suplementares para separar os residentes.

"Por exemplo, às quartas-feiras todos os avós dançavam juntos, ou ou era mostrado um filme e todos os avós assistiam juntos. Tudo isso agora mudou, tudo é feito por setores, para que aqueles que vivem num departamento só possam relacionar-se com aqueles que vivem nesse mesmo departamento", conta Sara Zarco, enfermeira.

Às quartas-feiras todos os avós dançavam juntos, ou ou era mostrado um filme e todos os avós assistiam juntos. Tudo isso agora mudou, tudo é feito por setores.
Sara Zarco
Enfermeira

A colaboração dos vizinhos tem sido essencial para que esta residência resista em Castilla la Mancha, uma das regiões mais afetadas da Europa.

Santiago Lázaro, Presidente da Câmara Municipal de Campo de Criptana, explica: "Tudo o que tem a ver com materiais, alimentos, todo o tipo de produtos higiénicos, muito necessários, tudo isso foi doado pelas pessoas da comunidade".

Os residentes e trabalhadores deste centro demonstraram que, com o custo de impor limitações na vida, é possível sobreviver à pandemia. A Espanha tem a segunda maior taxa de mortalidade na União Europeia em residências para pessoas com mais de 80 anos, apenas atrás da Bélgica. A OCDE estima que há 7168 mortes nesta área por cada milhão de habitantes

Nome do jornalista • Ricardo Figueira

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