Primeiro-ministro Boris Johnson fez uma pausa nas negociações do Brexit para assistir ao vivo ao primeiro dia de vacinação anticovid-19 e deixar um aviso
O Reino Unido deu início ao programa de vacinação contra a Covid-19 utilizando a proposta de medicamento da Pfizer/BioNTech, que ainda aguarda a validação da Agência Europeia de Medicamentos (EMA, na sigla original).
O arranque do processo mereceu uma pausa de Boris Johnson na negociação do Brexit para assistir ao vivo a este evento histórico e deixar um aviso aos britânicos em véspera dos convívios de Natal.
A vacina desenvolvida pelo consórcio Pfizer/BioNTech só deverá rteceber o aval da EMA no final deste mês e só nos primeiros dias de 2021 os programas de vacinação irão começar na União Europeia, numa altura em que o Reino Unido já será em definitivo uma carta fora do baralho de Bruxelas.
Vacina segura?
A pressa de iniciar a vacinação mesmo sem a validação europeia de qualquer vacina mereceu diversas críticas de especialistas médicos, mas o diretor executivo da Pfizer, em declarações numa reunião de farmacêuticos, reafirmou a segurança da respetiva vacina.
Albert Bourla garantiu que os dois laboratórios envolvidos não tomaram "qualquer atalho" para apressar a utilização do medicamento inovador e disse que "esta vacina, devido a todo o escrutínio sobre ela, foi aliás testada sob critérios muito mais apertados que o normal".
A vacina Pfizer/BioNTech já em uso no Reino unido é tomada em duas doses com um intervalo de 21 dias. A eficácia testada é de 95% e pode ser autorizada para uso na União Europeia a partir do primeiro dia de janeiro.