Nobel da Paz alerta para "pandemia de fome"

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Direitos de autor Nariman El-Mofty/Copyright 2020 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews com Lusa
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Diretor do Programa Alimentar Mundial recebeu o prémio em Roma

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Na cerimónia possível por causa da pandemia, transmitida na internet desde Oslo e Roma, o diretor executivo do Programa Alimentar Mundial recebeu o Prémio Nobel da Paz.

“Devido a muitas guerras, mudanças climáticas, ao uso generalizado da fome como arma política e militar - e a uma pandemia global que está a tornar tudo exponencialmente pior - 270 milhões de pessoas encaminham-se para a fome”, alertou David Beasley.

“Não atender às suas necessidades causará uma pandemia de fome que obscurecerá o impacto da covid-19”, defendeu, em declarações transmitidas a partir da sede da agência da ONU, em Roma.

“Este Prémio Nobel da Paz é mais do que um agradecimento, é um apelo à ação”, disse Beasley, sublinhando que “a fome está às portas da humanidade” e “a comida é o caminho para a paz”.

Nas últimas semanas, o Programa Alimentar Mundial (PAM) expressou preocupação com o risco de fome no Burkina Faso, no Sudão do Sul, no nordeste da Nigéria e no Iémen.

Neste país, a desnutrição, já em níveis recorde, deverá piorar ainda mais devido à pandemia e à falta de fundos.

A maior organização humanitária do mundo na luta contra a fome, o Programa Alimentar Mundial (PAM), fundada em 1961, alimentou, no ano passado, cerca de 97 milhões de pessoas em todos os continentes.

Ao conceder-lhe o Prémio Nobel da Paz, em 09 de outubro, o Comité do Nobel elogiou a sua luta contra essa “arma de guerra” que afeta principalmente os civis.

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