Aldeia de Natal abre em Beirute quatro meses após explosão

Uma árvore de Natal em Beirute decorada com fatos de bombeiros
Uma árvore de Natal em Beirute decorada com fatos de bombeiros Direitos de autor ANWAR AMRO / AFP
De  Francisco Marques
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Organização de solidariedade promove iniciativa para dar algum conforto coletivo às vítimas da trágica explosão de agosto. Recorde as imagens da deflagração (vídeo)

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Quatro meses após uma violenta explosão ter arrasado o porto de Beirute e vários bairros vizinhos, a organização humanitária “Solidarity” decidiu proporcionar alguma alegria aos residentes nas zonas afetadas em agosto e abriu uma aldeia de Natal.

A iniciativa pretende dar algum conforto coletivo aos residentes na capital do Líbano nesta tradicional quadra festiva.

É o caso de Ula Deeb, que apesar de ser uma das pessoas que perdeu a casa com a explosão, nos garante que o povo vai continuar "forte e a viver com esperança".

O povo libanês está habituado a unir-se e, aconteça o que acontecer, vamos continuar juntos.

"Não vamos deixar que continuem a humilhar-nos. Estou certa que eles vão sair.

"Vamos estar unidos na celebraçáo do Natal mesmo tendo perdido muita gente de quem gostamos. Vamos continuar fortes. Não temos medo de ninguém.
Ula Deeb
Vítima da explosão de Beirute

A trágica e impressionante explosão aconteceu a 4 de agosto, provocada por uma deflagração num depósito onde estava armazenado nitrato de amónio.

As ondas de choque foram sentidas na Turquia e em Israel. Houve quem garantisse no Chipre ter ouvido a explosão.

Mais de 200 pessoas morreram e pelo menos 7.500 ficaram feridas.

O New York Times noticiava há poucos dias que elites políticas libanesas estão a tentar travar a investigação e derrubar o juiz responsável pelo caso que veio intensificar ainda mais a revolta contra o Governo, agora interino.

A atravessar uma crise económica há mais de um ano, agora agravada pela pandemia e pelo impacto social da explosão, o Líbano está sem um Governo formal desde que o primeiro-ministro Hassan Diab se demitiu em setembro.

A União Europeia, representada pelo Presidente francês Emmanuel Macron, o Banco Mundial e as Nações Unidas comprometeram-se em criar um fundo para ajudar na recuperação do Líbano, mas exigem reformas no país, algo complicado sem a existência de um Governo capaz de decidir.

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