Migrantes e refugiados lutam para sobreviver ao frio na Bósnia

Expostos às baixas temperaturas, ao frio e à queda de neve, centenas de migrantes e refugiados encontram-se bloqueados no campo de Lipa, perto da cidade de Bihac, no noroeste da Bósnia. O espaço foi palco de um incêndio que destruiu grande parte das instalações e tendas no início da semana.
Este acampamento já tinha sido considerado por responsáveis internacionais e organizações não-governamentais inadequado para abrigar migrantes e refugiados.
"Estamos a viver como animais. Até os animais vivem melhor do que nós. Peço, por favor, às Nações Unidas ou à Organização Internacional para as Migrações, a todas as organizações não-governamentais para nos ajudarem. Se não nos puderem ajudar vamos morrer", lamentou Kasim, um migrante do Paquistão.
As autoridades bósnias ainda não conseguiram proporcionar uma alternativa, deixando centenas de pessoas à mercê da própria sorte.
Os planos para deslocar os migrantes para um espaço fechado no centro de Bihac, de forma temporária, provocaram protestos dos residentes.
Impotentes perante o frio, os migrantes valem-se de cobertores e de sacos-cama para tentar sobreviver. Alimentam-se de porções de comida fornecidas por grupos de ajuda humanitária.