Exército de Myanmar dissipa rumores de golpe de Estado

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Direitos de autor Thein Zaw/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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De  Euronews com LUSA
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Os militares birmaneses negaram qualquer intenção de golpe de Estado no país, depois de chefe militar e porta-voz terem assumido essa hipótese, por alegadas irregularidades nas eleições gerais de novembro.

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O exército birmanês negou, este sábado, qualquer intenção de levar a cabo um golpe de Estado em Myanmar, depois de, na passada semana, um porta-voz militar ter colocado essa mesma hipótese em cima da mesa. A ameaça deixou o país em estado de alerta, dias antes da tomada de posse do novo Parlamento, prevista para segunda-feira,

No dia seguinte às eleições gerais de 08 de novembro, o chefe do Exército birmanês, Min Aung Hlaing, afirmou, numa intervenção perante as Forças Armadas, que se deveria abolir a Constituição se a Carta Magna não for cumprida, o que foi interpretado como uma ameaça ao país

Os rumores de um golpe de estado intensificaram-se na passada, terça-feira, quando o porta-voz militar, Zaw Min Tun, se negou a excluir a possibilidade de o Exército tomar o poder após supostas irregularidades.

Em causa estão as eleições gerais em que o partido no poder, a Liga Nacional para a Democracia (NLD, na sigla em inglês), ganhou por uma maioria absoluta de 83%.

As supostas irregularidades tinham já sido denunciadas pelo Partido da Solidariedade e de Desenvolvimento da União (USPD, na sigla em inglês), o grande derrotado nas urnas, que se recusou a aceitar os resultados, ao obter apenas 33 dos 476 assentos parlamentares. 

A Comissão Eleitoral de Myanmar afastou, no entanto, qualquer hipótese de fraude nas eleições de novembro.

Membros da NLD reuniram-se, quinta-feira à noite, com representantes das Forças Armadas, mas não chegaram a qualquer acordo para superar a crise, indicaram à agência noticiosa espanhola EFE fontes próximas do Governo.

A delegação da União Europeia e várias embaixadas condenaram já "qualquer tentativa" para alterar os resultados eleitorais no país, ou “impedir” a transição democrática, que teve início em 2010, após o Myanmar, então conhecido como Birmânia, ter vivido sob ditadura militar durante cinco décadas.

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