Indústria têxtil portuguesa teme impacto das máscaras FFP2

Indústria têxtil portuguesa teme impacto das máscaras FFP2
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De  Filipa Soares
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Áustria e Alemanha tornaram obrigatório o uso de máscaras FFP 2 nas lojas e nos transportes públicos e França apertou os critérios. Más notícias para a indústria têxtil portuguesa.

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A Áustria e a Alemanha tornaram obrigatório o uso de máscaras FFP 2 nas lojas e nos transportes públicos e a França apertou os critérios para as máscaras, de forma a aumentar a proteção. Más notícias para a indústria têxtil portuguesa, que investiu fortemente na produção de máscaras sociais, um balão de oxigénio durante a pandemia.

A Associação Têxtil e Vestuário de Portugal estima que cerca de 10 a 15 mil trabalhadores estejam envolvidos na produção de máscaras têxteis, estando as exportações destes produtos avaliada em cerca de 18,8 milhões de euros por mês.

O CITEVE - Centro Tecnológico das Indústrias Têxtil e do Vestuário de Portugal - já certificou mais de 3500 máscaras, muitas delas para exportação.

"As empresas portuguesas continuam a exportar para outros mercados, mas temos que considerar que o mercado da França e da Alemanha são mercados muito importantes para nós e perdê-los vai ter impacto nas empresas portuguesas", afirma o diretor-geral do CITEVE, Braz Costa.

O diretor geral do CITEVE não tem dúvidas sobre a qualidade das máscaras que o instituto certifica, pelo que só encontra uma explicação para a decisão tomada pela Alemanha e pela Áustria: "Talvez o facto de terem sido perdulários em relação ao controlo da qualidade do que importaram que levou a esta situação de agora, de uma forma radical, terem que impor a utilização das FFP".

"As FFP2 têm um acrescento relativamente às partículas muito pequenas. Mas isso é importante tendo em conta que o vírus tem uma dimensão muito reduzida? Não, não é importante, porque os estudos o que demonstram é que as partículas com uma dimensão muito pequena têm uma probabilidade baixíssima - mil milhões de milhões de gotículas necessárias para poder transportar um vírus", diz Braz Costa.

O CITEVE discorda do uso generalizado das FFP2, por entender que as máscaras cirúrgicas, com uma capacidade de filtração de 95%, ou as máscaras de tecido certificadas que podem, em alguns modelos, filtrar 90% ou mais, são suficientes para proteger as pessoas nas suas atividades diárias.

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