Condições de biossegurança ainda estão aquém do desejado, mas o governo de João Lourenço garante estar a trabalhar para ultrapassar as insuficiências e destaca o papel fundamental dos encarregados de educação
O regresso às aulas presenciais avançou esta semana em Angola, mas ainda não é para todos. Onze meses depois do encerramento por causa da Covid-19, as portas de algumas escolas puderam voltar a a abrir e os alunos retomar as aulas em presença.
Os profissionais de educação e de saúde estão a redobrar os cuidados nestes primeiros dias para instalar novos hábitos entre os alunos.
Distanciamento social, o uso de máscara e a lavagem das mãos são as regras principais.
O diretor da Escola 1206, no município de Ingombota, acredita que o caminho passa por reconquistar a confiança dos pais.
"Já desde segunda-feira que fomos mostrando a escola aos encarregados de educação e as condições que temos. O mesmo aconteceu hoje [sexta-feira]. Alguns vieram receosos, mas em função do que puderam ver acredito que o número vai aumentar", perspetivou o diretor Filipe Mesquita.
As novas regras são explicadas aos alunos à chegada às escolas. Os professores admitem que nestes primeiros dias há uma parcela do tempo que tem de ser investida nestas rotinas.
Nem todas as escolas reuniram condições para abrir portas esta semana, mas, nas ruas de Luanda, o movimento já dá sinais da mudança.
"É o regresso possível às aulas com muitas escolas com condições de biossegurança ainda aquém do desejado", conta-nos a correspondente da Euronews em Angola, acrescentando a informação recebida de que "o executivo" está "a trabalhar para ultrapassar estas insuficiência".
O governo angolano considera que "o papel dos encarregados de educação também é fundamental" num ano letivo "atípico", que vai encerrar com "uma alteração de calendário".
"A partir deste ano lectivo Angola vai seguir o sistema europeu com aulas de Setembro a Julho", conclui Neusa e Silva, em Luanda.