Alemanha limita fortemente a entrada de cidadãos de Chéquia, Eslováquia e Áustria para tentar travar a covid-19. Países Baixos e Irlanda reabrem escolas
A União Europeia está preocupada com a decisão da Alemanha de fechar as portas a Eslováquia, Chéquia e à região austríaca do Tirol. A medida, em vigor desde 14 de fevereiro, limita fortemente a entrada no país para os cidadãos provenientes desses países. Mesmo os poucos que entram nos regimes de exceção (trabalhadores transfronteiriços ou do setor da saúde e camionistas) são obrigados a apresentar um teste negativo à covid-19 cada vez que chegam à Alemanha.
Para Bruxelas, o encerramento de fronteiras é desproporcional e injustificada e existem formas menos restritivas para travar a propagação da covid-19. Berlim tem dez dias para responder. A preocupação europeia estende-se a Bélgica, Dinamarca, Finlândia, Suécia e Hungria, que também optaram por fechar fronteiras.
No caso da Alemanha, discute-se ainda o diferente tratamento dado aos vizinhos, uma vez que a fronteira a Oeste continua aberta, mesmo que a situação seja igualmente alarmante.
Em França, o número de doentes em cuidados intensivos atingiu um máximo de 12 semanas e crescem os apelos a um novo confinamento. O governo de Macron tem resistido e se o recolher obrigatório atualmente em vigor travou a escalada dos números, a verdade é que estes teimam em não baixar.
Na Irlanda, o primeiro-ministro Micheál Martin, prolongou as medidas de restrição até abril mas anunciou também que o governo dava prioridade à educação, pelo que as escolas vão começar a abrir gradualmente já a partir da próxima semana. A situação no país melhorou um pouco depois do descalabro provocado pelos abusos da época natalícia.
Nos Países Baixos, o governo considera que chegou o momento de correr riscos e além das escolas, também parte do comércio volta a abrir portas. Ainda assim, continuará em vigor pelo menos mais três semanas o recolhimento obrigatório. Os violentos protestos que se seguiram à sua implementação pertencem ao passado e atualmente, os neerlandeses parecem compreender a necessidade da situação.
Para o primeiro-ministro demissionário, Mark Rutte, além da crise sanitária, o país também lida com uma crise económica, social e psicológica.