Formalizada acusação contra ativistas em Hong Kong

Em Hong Kong 47 membros do movimento pró-democracia foram formalmente acusados de conspiração para subverter a lei de segurança nacional.
Trata-se de 39 homens e oito mulheres, entre eles figuras proeminentes da oposição e ex-deputados desta região autonómica da China, que tinham sido já detidos em janeiro, e que serão presentes a tribunal na segunda-feira. As penas poderão ir até prisão perpétua.
Um dos ativistas, Lester Shum, afirmava à chegada às instalações da polícia que "por muito difícil que vá ser" a sua mensagem para os cidadãos de Hong Kong é "estejam onde estiverem mantenham a fé e a esperança e continuem a lutar".
A acusação está ligada à organização, em julho passado, de primárias na cidade para identificar os candidatos mais fortes às eleições para o governo local, que deveriam ter decorrido em setembro mas que foram adiadas devido à pandemia.
A Amnistia Internacional diz que mais de 10 mil pessoas foram detidas por envolvimento nas manifestações de 2019. Mais de duas mil foram, formalmente, acusadas.
Em dezembro último Joshua Wong, Agnes Chow e Ivan Lam tinham sido condenados a penas entre os sete e os treze meses e meio de prisão por participação numa manifestação ilegal contra a polémica lei de extradição imposta por Pequim ao território.