Sete anos depois, jornalista sugere: Voo MH370 pode ter sido abatido

Tributos aos passageiros do avião desaparecido continuam a lembrar a data
Tributos aos passageiros do avião desaparecido continuam a lembrar a data Direitos de autor AP Photo/Vincent Thian/ Arquivo
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De  Francisco MarquesJulien Pavy
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Teoria é explicada no livro "O Desaparecimento", onde Florence de Changy explora as contradições na investigação ao avião que desapareceu com 239 pessoas a bordo

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Cumprem-se esta segunda-feira (08 de março) sete anos sobre o desaparecimento do voo MH370, da Malaysia Airlines, um dos grandes mistérios da aviação civil moderna.

O movimento "Voice370" voltou a manifestar-se junto à embaixada da Malásia, na China, pedindo a reabertura da investigação e das buscas pelo avião.

O avião, um Boeing 777, cumpria a ligação entre Kuala Lumpur, na Malásia, e Pequim, na China, com 239 pessoas a bordo, incluindo mais de 150 chineses, 50 malaios, 6 australianos e quatro franceses.

França é o único país, entre os afetados pelo desaparecimento deste avião, que mantém em aberto uma investigação ao caso.

Num livro publicado na semana passada e intitulado "La Disparition" ("O Desaparecimento", em tradução livre, editado pela Les Arenes Eds), a jornalista Florence de Changy, correspondente em Hong Kong para o jornal "Le Monde" e a "Rádio França Internacional" (RF)I, sugere o eventual abate militar do avião, fosse intencional ou acidental, com os registos da ocorrência a serem posteriormente abafados.

As contradições da investigação

A jornalista suporta essa suspeita com as contradições que diz ter encontrado na investigação.

"A versão oficial é uma justaposição de zonas cinzentas: da quebra dos meios de comunicação do avião à queda no oceano Índico, passando por uma suposta inversão de marcha tipo gancho de cabelo, improvável num Boeing 777. Os dados de radar no sobrevoo da Malásia são totalmente incompatíveis com um aparelho destes", garante Florence de Changy, em entrevista à Euronews.

A autora de "O Desaparecimento" acrescenta ainda os dados que dão conta de que o voo MH370 atravessou "sete espaços aéreos onde o avião não foi visto nem é conhecido".

"Nenhum destes países é capaz de apresentar provas de que o avião tenha passado pelo respetivo espaço aéreo e ainda temos todos os navios e aviões americanos que vigiam aquela zona em permanência. Nada", sublinha.

Um ano e meio depois do desaparecimento do avião começaram surgir pelo Índico, incluindo numa praia em Moçambique, destroços de aviões, suspeitos de pertencer ao MH370.

Diversos familiares de passageiros daquele voo da Malaysia Airlines mantém a esperança de um dia ainda virem a receber boas notícias. Outros lutam para ultrapassar a aparente perda. Todos eles ainda aguardam e exigem respostas.

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