Biden e Putin falaram ao telefone sobre o conflito na Ucrânia

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A conversa telefónica entre Joe Biden e Vladimir Putin abordou a tensão crescente entre a Rússia e a Ucrânia e a escalada militar russa na fronteira

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"Diminuir a tensão e continuar a conversar". É a ideia principal que resulta da conversa telefónica entre os presidentes russo e americano, Vladimir Putin e Joe Biden, no meio da crescente tensão militar na fronteira entre a Rússia e a Ucrânia.

De acordo com uma transcrição da conversa, divulgada pela Casa Branca, Biden questionou Putin sobre a concentração militar russa, enfatizando o "empenho inabalável dos Estados Unidos na soberania e integridade territorial da Ucrânia".

Kiev e o Ocidente acusam a Rússia de enviar dezenas de milhares de tropas para as fronteiras da antiga república soviética, que tem ambições de aderir à NATO. A Ucrânia estima a presença militar russa em mais de 80.000 soldados e manifesta receios de uma invasão.

O telefonema presidencial ocorreu após o encontro do ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia com o secretário-geral da NATO, em Bruxelas. No final do encontro, numa conferência de imprensa conjunta, Jens Stoltenberg afirmou: "A considerável concentração militar da Rússia é injustificada, inexplicada e profundamente preocupante. A Rússia tem de acabar com esta concentração militar dentro e à volta da Ucrânia, parar com as suas provocações e desescalar a tensão imediatamente".

Por seu turno, Dmytro Kuleba, o chefe da diplomacia ucraniana, salientou: "A Ucrânia não quer a guerra. Não planeamos qualquer ofensiva ou escalada. A Ucrânia utiliza meios diplomáticos e políticos para a resolução do conflito".

Moscovo argumenta que só está a responder à concentração militar da NATO perto das fronteiras russas.

O ministro russo da Defesa, Sergei Shoigu, afirmou: "Em resposta às atividades militares da aliança que ameaçam a Rússia, tomámos as medidas adequadas. Em três semanas, dois exércitos e três formações aerotransportadas foram destacados com sucesso para as fronteiras ocidentais da Federação Russa em áreas onde foram realizadas missões de treino e combate. As tropas demonstraram total prontidão e capacidade para levar a cabo tarefas para garantir a segurança militar do país".

Desde o início do ano, assiste-se ao recrudescimento da violência entre as forças de Kiev e os separatistas pró-russos, na região ocidental da Ucrânia.

Joe Biden propôs a Vladimir Putin a realização de uma cimeira nos próximos meses, mas Moscovo ainda não referiu se aceita a proposta.

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