Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Desconfiança no retomar das negociações sobre o nuclear iraniano

Desconfiança no retomar das negociações sobre o nuclear iraniano
Direitos de autor  IRIB
Direitos de autor IRIB
De Euronews
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

São retomadas em Viena as negociações sobre o nuclear iraniano. O clima é de desconfiança. Ali Khamenei diz que "nem vale a pena ver" as propostas

PUBLICIDADE

"Nem vale a pena ver". Foi assim que o líder supremo do Irão, Ayatollah Ali Khamenei, reagiu às ofertas que poderão vir das conversações em Viena para salvar o acordo nuclear entre Teerão e as potências mundiais.

Os comentários de Ali Khamenei surgem antes do início do diálogo e depois de Terão se ter anunciado pronta para enriquecer urânio até 60%, o nível mais alto alguma vez atingido, mas abaixo dos 90% necessários ao fabrico de armas.

O Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, classificou o anúncio como "provocador": "Levamos muito a sério o anúncio provocador de uma intenção de começar a enriquecer o urânio a 60% e o grupo dos 5 +1 deveria estar unido na rejeição dessa intenção. Devo dizer-vos que este passo põe em causa a seriedade do Irão em relação às conversações nucleares, tal como sublinha o imperativo de regressar ao cumprimento mútuo do Plano de Ação Global Conjunto".

A França, Alemanha e Reino Unido, países que fazem partes do acordo também emitiram na quarta-feira uma declaração conjunta expressando a sua "grande preocupação" com a decisão do Irão de aumentar o enriquecimento.

"Este é um desenvolvimento sério, uma vez que a produção de urânio altamente enriquecido constitui um passo importante na produção de uma arma nuclear". "O Irão não tem uma necessidade civil credível de enriquecimento a este nível", afirmaram.

A Arábia Saudita, um rival regional do Irão, emitiu igualmente uma declaração, dizendo que o enriquecimento a esse nível "não pode ser considerado um programa destinado a fins pacíficos" e exortou o Irão a "evitar uma escalada".

O Irão insiste que o seu programa nuclear é pacífico, embora o Ocidente e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) afirmem que Teerão tinha um programa nuclear militar organizado até ao final de 2003.

Um relatório anual dos serviços secretos norte-americanos divulgado na terça-feira manteve a avaliação americana de que o ``Irão "não está atualmente a realizar as principais atividades de desenvolvimento de armas nucleares que julgamos serem necessárias para produzir um dispositivo nuclear''.

As conversações de Viena estão ainda ensombradas pelo ataque do fim-de-semana à principal central de enriquecimento nuclear do Irão, Natanz, suspeito de ter sido levado a cabo por Israel.

Os delegados retomam esta quinta-feira as conversações em Viena. O objetivo é encontrar uma forma de os Estados Unidos voltarem oficialmente ao acordo de 2015, denominado Plano de Ação Global Conjunto (JCPOA na sigla em inglês), um tratado que promete o alívio das sanções contra o Irão e o investimento internacional no país, em troca da contenção do programa nuclear de Teerão.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Fiscalização ao nuclear iraniano termina em junho

Otimismo nas negociações sobre o nuclear iraniano

Países europeus iniciam procedimentos para reimpor sanções ao Irão devido ao seu programa nuclear