A Arménia celebra o 106.° aniversário do massacre perpetrado pelo Império Otomano e apela à comunidade internacional para reconhecer o ato como um genocídio.
A Arménia presta, este sábado, homenagem às vítimas do massacre de 24 de abril de 1915. No Memorial Tsitsernakaberd, em Yerevan, o primeiro-ministro arménio, Nikol Pashinyan, e o presidente da Arménia, Armen Sarkissian, participaram numa cerimónia oficial para assinalar a data.
Há 106 anos, cerca de um milhão e meio de arménios foram assassinados ou deportados da Anatólia Ocidental para os desertos da Síria e da região da Mesopotâmia pelas forças turcas do Império Otomano, durante a Primeira Guerra Mundial.
Numa declaração emitida, este sábado, o ministério arménio dos Negócios Estrangeiros apela à comunidade internacional para que reconheça o ato como um genocídio, uma vez que, de acordo com o executivo, ainda hoje ele inspira "crimes internacionais", como a recente guerra do Azerbaijão em Nagorno-Karabakh.
A Turquia admite que muitos arménios foram mortos em 1915, mas nega qualquer intenção genocida, afirmando que as mortes fizeram parte dos combates generalizados que tiveram lugar no decurso da Primeira Guerra Mundial.
Já esta sexta-feira, cerca de 10 mil pessoas se tinham reunido para uma vigília noturna.
De tochas em riste, desfilaram do centro da capital até ao memorial dedicado às vítimas, num percurso marcado pela queima das bandeiras da Turquia e do Azerbaijão.