Dia marcado por manifestações palestinianas e consequentes confrontos com soldados israelitas, que agravaram o balanço de vítimas da guerra com o Hamas
A violência continua a marcar o dia a dia entre israelitas e palestinianos. Esta terça-feira, foi notícia a morte de dois trabalhadores tailandeses numa oficina israelita atingida pelo Hamas e a de três palestinianos atingidos a tiro pelas forças de defesa hebraicas (IDF).
Com desmentidos de parte a parte de um cessar-fogo na quinta-feira acordado com mediação do Egito, Israel prosseguiu esta terça-feira com mais ataques aéreos sobre a Faixa de Gaza, alegadamente tentando aniquilar as mais altas patentes do braço armado do grupo terrorista palestiniano.
Ao mesmo tempo, pelo território israelita partilhado com árabes e pelos territórios ocupados na Cisjordânia, ocorreram diversas manifestações palestinianas , na sequência de uma rara greve coletiva por esta região.
Muitas lojas fecharam em Jerusalém Oriental e em diversas cidades partilhadas por judeus e árabes, com a adesão rondar os 90%, numa paralisação apoiada pela Autoridade Palestiniana, que é apoiada por parte da comunidade internacional.
A greve motivou manifestações e estas degeneraram em confrontos armados com as IDF. Nomeadamente junto à Cisjordânia.
Pelo menos três palestinianos terão sido mortos e dois soldados israelitas necessitaram de ser assistidos num hospital por terem sido atingidos com armas de fogo, noticiaram as autoridades israelitas.
A tensão na região agravou-se no mês passado quando Israel começou a reprimir ajuntamentos muçulmanos durante o Ramadão e intensificou-se com a ameaça de despejar palestinianos para ceder as casas a judeus, numa decisão judicial entretanto adiada.
Só nesta última semana, marcada pelos ataques aéreos com mísseis israelitas teleguiados em resposta aos roquetes do Hamas, terão morrido mais de 210 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo 61 crianças, e pelo menos 12 em Israel, entre elas duas crianças.