Espanha já começou a deportar migrantes ilegais em Ceuta

Espanha já começou a deportar os migrantes ilegais que continuam a chegar a Ceuta. O primeiro-ministro espanhol já esteve na cidade autónoma no norte de África e o patrulhamento da costa e da fronteira terrestre com Marrocos foi reforçado. Pedro Sánchez garantiu esta quarta-feira, no parlamento, que o processo de repatriamento é irreversível.
"Estamos a tratar do regresso imediato daqueles que entraram ilegalmente. Já foram devolvidas a Marrocos até 4800 pessoas. Estas pessoas entraram ilegalmente em Ceuta há já mais de dois dias. Em segundo lugar, os recursos humanos e infra-estruturais estão a ser enviados para atender à crise humanitária. O campo Pineres foi reaberto e 160 menores foram enviados para lá, tal como pessoas particularmente vuneráveis," disse o chefe do governo espanhol.
As ruas de Ceuta não refletem a realidade anunciada por Sánchez. Várias pessoas vagueavam esta madrugada à procura de um abrigo, com medo da deportação.
A Comissão Europeia anunciou entretanto ter recebido do governo de Rabat a garantia de que vai tomar medidas para travar o êxodo de milhares de pessoas. Calcula-se que já tenham atravessado a fronteira cerca de 8 mil pessoas. Nem todos são marroquinos, mas todos querem ficar.
Soufiane Amiich, marroquino de 26 anos, diz que esta viagem para Espanha é uma missão. "Os nossos solfdados e polícia pedem-nos para entrar e não sair de Espanha", diz já em Ceuta.