Israel não está disposto a pôr fim para já aos bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza
Israel continua a bombardear intensamente a Faixa de Gaza, apesar dos Estados Unidos aumentarem a pressão sobre o aliado.
Se, por um lado, Washington continua a bloquear no Conselho de Segurança da ONU, uma resolução exigindo um cessar-fogo imediato, o presidente Joe Biden disse, num telefonema ao primeiro-ministro israelita, esperar uma "redução significativa da violência", com vista ao fim das hostilidades.
Benjamin Netanyahu, primeiro-ministro israelita:"Aprecio bastante o apoio do presidente norte-americano, o nosso amigo Joe Biden, à auto-defesa do Estado de Israel. Estou determinado a continuar a operação até ao objetivo de restaurar a paz e segurança aos cidadãos de Israel."
Pressionado a nível externo e interno, Biden só manifestou finalmente na segunda-feira o apoio a uma trégua, sem querer no entanto impôr um calendário a Telavive, que continua empenhada em reduzir a cinzas a capacidade bélica do Hamas.
Pelo menos 227 pessoas, entre as quais mais de uma centena de mulheres e crianças, já perderam a vida nos bombardeamentos israelitas contra a Faixa de Gaza, segundo as autoridades sanitárias palestinianas. Israel diz que entre os mortos há pelo menos 150 militantes.
Para o Hamas, um cessar-fogo depende do Estado hebraico.
Hazem Qassem, porta-voz do Hamas:"Tudo isto colide com a posição e práticas de Israel. No terreno, há contactos contínuos de ambos os lados para obter uma acalmia, mas a situação depara-se com a teimosia dos sionistas e da sua determinação em cometer crimes."
Numa frente distinta, novos projéteis lançados desde o Líbano atingiram pela primeira vez o território israelita, sem no entanto fazer vítimas, de acordo com o Exército. Israel respondeu com tiros de artilharia contra o que descreveu como vários "alvos" no sul do território libanês.