Relatório dos inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) revela pouca cooperação das autoridades iranianas.
O Irão não consegue explicar vestígios de urânio que inspectores da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) detectaram em vários locais não declarados. Esta é uma das conclusões do relatório trimestral do organismo das Nações Unidas divulgado esta segunda-feira pela Agência France Presse.
Os inspectores dizem ainda que Teerão não deu acesso a vários documentos, considerados importantes para monotorizar o Programa Nuclear iraniano e, de acordo com as estimativas, o país pode deter uma quantidade de urânio enriquecido quase 16 vezes superior ao limite autorizado pelo acordo nuclear de 2015. Os inspectores da AIEA, que explicam como chegaram a estes valores, indica, que a quantidade de urânio enriquecido detido pelo Irão atingiu 3.241 quilos, quando o limite estava fixado e 202,8 quilos, segundo o relatório consultado hoje pela France-Presse.
Este relatório tão pouco favorável ao regime iraniano pode condicionar as reuniões que decorrem em Viena com vista ao regresso dos Estados Unidos ao acordo, destinado a evitar que aquela República islâmica consiga tornar-se numa potência nuclear.