Pequim não tolera manifestações pela democracia

A polícia de Hong Kong deteve Chow Hang Tung, advogado associado ao grupo que organiza a vigília de homenagem às vítimas de Tiananmen, precisamente no dia em que se cumpre o 32.º aniversário do massacre. A detenção foi revelada pelos meios de comunicação locais e marca o fim da tolerância de Pequim relativamente à cerimónia que habitualmente se realizava no território autónomo e que juntava milhares de manifestantes pró-democracia.
A alteração na lei da segurança nacional chinesa levou a que os principais defensores da causa em Hong Kong tivessem sido detidos ou obrigados a deixar o país nos últimos tempos.
Este ano a vigília foi proibida, com as autoridades chinesas a apontarem a pandemia de covid-19 como o principal motivo, mas a invocarem também a segurança nacional. Para evitar qualquer ajuntamento não autorizado, a polícia de Hong Kong colocou sete mil agentes de polícia na rua.