Sentença da justiça que classifica organizações ligadas ao opositor de Putin como "extremistas", resulta na prática no desmantelamento do movimento político de Alexei Navalny.
A justiça russa classificou como "extremistas" várias organizações ligadas a Alexei Navalny, o opositor do Kremlin atualmente preso na Rússia.
Na prática, a decisão do Tribunal Municipal de Moscovo irá resultar no desmantelamento do movimento político de Navalny, o maior crítico interno do regime de Vladimir Putin.
A sentença que determina o fim das organizações ligadas a Navalny foi lida à porta fechada.
Esta decisão está a ser vista como uma forma de impedir que o membros da organização de Navalny possam seguir para cargos políticos, até porque muitos opositores esperavam concorrer a assentos parlamentares nas eleições de 19 de setembro, para fortelecer a oposição a Vladimir Putin.
A proibição da atividade por extremisto arrasta também penas de prisão a quem faz parte do movimento.
Um passo do tribunal russo que não caiu de forma surpreendente no ponto de vista dos especialistas. Antes da decisão, o advogado Ivan Pavlov falava da possibilidade do movimento ser dado como extremista, por considerar que, aos olhos da Federação russa, "qualquer mudança de governo é extremista por natureza".
Navalny foi preso em janeiro, mal aterrou na Rússia. Esteve na Alemanha durante cinco meses, onde recuperou do envenenamento com novichok. Um ataque que o opositor diz não ter dúvidas ser da responsabilidade da federação russa, a qual rejeita todas as acusações.