A cimeira do G7 foi a oportunidade para Biden visitar Johnson na Cornualha e dar uma palavra aos aliados de uma União Europeia que muito preza, tal como o fazia Barack Obama, a quem Johnson apelidou de um "meio queniano com uma aversão ancestral pelo Reino Unido".
A aliança entre britânicos e norte-americanos parece ser inabalável, mas há espinhos entre Joe Biden e Boris Johnson que podem suavizados na primeira viagem oficial do presidente norte-americano ao Reino Unido.
Outrora Biden apelidou Johnson de "clone físico e emocional de Trump", nunca gostou do Brexit e faz pressão para um acordo comercial pós-brexit para a Irlanda do Norte para manter a paz no Ulster. Johnson concorda. "Os Estados Unidos, Washington, o Reino Unido, mais a UE têm uma coisa que todos nós queremos absolutamente fazer, que é manter o Acordo de Belfast de Sexta-Feira Santa e garantir que mantemos o equilíbrio do processo de paz em curso", declarou.
Apesar de tudo, Joe Biden leva na bagagem a vontade de reforçar cooperação transatlântica. "Hoje, baseamo-nos nesse compromisso (Carta do Atlântico assinada Churchill/Roosvelt) com a revitalização da Carta do Atlântico atualizada para reafirmar essa promessa ao mesmo tempo que enfrentamos diretamente os principais desafios deste século: cibersegurança, tecnologias emergentes, saúde global e alterações climáticas", declarou.
A cimeira do G7 foi a oportunidade para Biden visitar Johnson na Cornualha e dar uma palavra aos aliados de uma União Europeia que muito preza, tal como o fazia Barack Obama, a quem Johnson apelidou de um "meio queniano com uma aversão ancestral pelo Reino Unido".
Mas antes de Biden viajar para o velho continente, há ainda o G7, em que os líderes dos 7 países mais industrializados do mundo deverão debruçar-se sobre a pandemia e as consequências, que ganharam prioridade sobre o aquecimento global. Assuntos cruciais num mundo em mudança com uma Rússia menos dócil e uma China que se agiganta na economia.
O primeiro G7 de Biden e do primeiro-ministro japonês Yoshihide Suga. Mas será também o último de Angela Merkel depois de 16 anos no poder. Merkel pretende a mensagem saída desta cimeira será a de que o "multilateralismo está volta".