"Inovação artística e social" na edição 2021 da Bienal da Dança de Lyon

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De  Andrea BolithoElza Gonçalves
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Uma antiga fábrica de máquinas de lavar roupa transformou-se num centro artístico para bailarinos de todo o mundo, no âmbito da Bienal da Dança de Lyon.

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Uma antiga fábrica de máquinas de lavar roupa foi transformada num centro artístico para bailarinos de todo o mundo, no âmbito da Bienal da Dança de Lyon.

O local foi palco da Fagor experience que reúne jovens dançarinos amadores e coreógrafos de renome. "Para mim, foi uma inovação artística e social. Todas as obras são interpretadas por jovens de Lyon com idades entre os quinze e os vinte e cinco anos. Perante a receção que este projeto teve, penso que devemos continuar a experiência”, disse à euronews Dominique Hervieu, diretora artística da Bienal da Dança de Lyon.

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Dominique Hervieu, diretora artística da Bienal da Dança de Lyoneuronews

Um dueto sobre o encontro entre duas pessoas

A programação da bienal da dança de Lyon incluiu a estreia do espetáculo Neighbours Part 1, concebido e interpretado por dois bailarinos.

“É uma peça sobre uma relação entre duas pessoas, dois dançarinos, com origens diferentes. São duas culturas que se encontram e partilham esse conhecimento mútuo no palco”, contou à euronews Brigel Gjoka, bailarino e coreográfo do espetáculo Neighbours Part 1.

"Foi um processo muito difícil. Tivemos que encontrar um meio-termo e desenvolver novas ferramentas para criar a coreografia. O resultado não é o mesmo que o de um solo, feito individualmente. Nós construímos uma linguagem totalmente nova para comunicar", explicou o bailarino e coreógrafo Rauf Rubberlegz Yasit.

A versão final do espetáculo deverá ser apresentada em Londres em 2022.

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Os dois criadores do espetáculo Neighbours Part 1euronews

Um novo vocabulário a partir dos movimentos quotidianos

Noé Soulier criou a peça Removing para um grupo de quarenta alunos de escolas de dança de Lyon e Angers. O objetivo do trabalho artístico foi criar um novo vocabulário físico, a partir dos movimentos do quotidiano.

“É uma obra que se baseia em objectivos práticos muito simples: bater, evitar e lançar. Foi o que usei para criar a coreografia, para criar o movimento. Os gestos foram concebidos a partir de objetos imaginários o que cria uma distorção, por exemplo, batemos com uma parte frágil do corpo, a caixa toráxica ou a garganta", explicou à euronews Noé Soulier, coreógrafo e diretor do Centro Nacional da Dança de Angers.

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A obra "Removing"euronews

O lugar dos jovens na cidade

A obra Entropic Now, de Christophe Haleb, explora o lugar dos jovens nos espaços públicos urbanos e inspira-se nas suas histórias e nos seus desejos. O resultado é uma performance multimédia que mistura vídeo, dança, música, fotografia e arte.

"Quis questionar a cidade através da juventude, a partir da forma com os jovens vivem e se juntam nos espaços públicos e nos espaços urbanos, em particular ao nível das práticas de desporto urbano e dança urbana. Abordo a forma como os jovens se juntam, a moda e a juventude na cidade", resumiu o coreógrafo e cineasta Christophe Haleb.

A pista de dança virtual I-Dance de Pierre Giner foi um dos destaques da edição deste ano. Basta criar um avatar e o software faz o resto.

A Bienal da Dança de Lyon decorre até 16 de junho.

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A pista de dança virtual da Bienal da Dança de Lyoneuronews

Nome do jornalista • Elza GONCALVES

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