Variante Delta preocupa europeus

Em França as limitações impostas em abril, em termos de lotação em restaurantes, cinemas, lojas e outros locais públicos terminaram esta quarta-feira.
Os turistas começam, lentamente, a regressar ao país. Uma jovem americana dizia, nas ruas de Paris, que é fantástico poder voltar, que queriam fazê-lo, desde o ano passado, mas que com as fronteiras fechadas preferiram acautelar-se. Padmini Pyapali acrescenta sentir-se muito feliz por estar ali, por poder absorver toda a cultura de que já tinha falta.
Mas no sudoeste francês, os destinos de verão por excelência, o aumento no número de casos levou a que se mantenham as restrições até seis de julho.
Os conselheiros do presidente francês para a Covid-19 alertam para uma possível "quarta vaga" no outono. O porta-voz do executivo francês, Gabriel Attal, explicava que a variante Delta está a progredir muito rapidamente no país. Representou cerca de 10 % dos casos na semana passada, ou seja, duplicou em menos de uma semana.
Também na região espanhola da Catalunha o número de casos está a aumentar. As autoridades estão a apostar na vacinação que está agora aberta a partir dos 16 anos.
Em Portugal registaram-se 2.362 novos casos de infeção, a maioria na região de Lisboa e Vale do Tejo, desde fevereiro que não havia tantos novos casos. Quatro pessoas morreram devido à doença e houve um aumento nos internamentos.
Na Escócia, entre domingo e segunda-feira, foram registados 3.285 casos de COVID-19 um novo recorde. São os jovens os mais afetados e diz-se que o futebol é o culpado. Mas há também surtos noutros eventos como casamentos, nos locais de trabalho e escolas.
Itália, que registou 776 novos infetados e 24 mortes em 24 horas, está preocupada com a variante Delta que fãs britânicos podem transportar para Roma onde Inglaterra vai jogar, contra a Ucrânia no sábado, os quartos-de-final do Euro2020. O governo britânico apelou aos adeptos ingleses para ficarem em casa.