Uma tragédia como Chipre não testemunhava desde a invasão turca diz o presidente cipriota enquanto parte do país continua a arder.
É uma tragédia sem precedentes, o fogo mais destruidor desde a fundação de Chipre. O presidente cipriota, Nikos Anastasiades, afirmava aos jornalistas que se trata de "uma tragédia como o país não testemunhava desde a invasão (turca) de 1974".
Os residentes que viram as suas casas arderem queixam-se da resposta lenta das autoridades.
As equipas de socorro encontraram quatro corpos carbonizados à saída de uma aldeia que esteve cercada pelas chamas. As autoridades acreditam trata-se de quatro jovens egípcios, trabalhadores de uma exploração agrícola, que estavam desaparecidos desde sábado à noite.
O chefe de Estado explicava que "os serviços responderam imediatamente, fizeram tudo o que era possível para evitar mortes, infelizmente isto não foi evitado, pois sabemos agora que foi relatado um incidente mortal".
A polícia anunciou ter detido um homem de 67 anos que enfrenta a acusação de fogo posto. Um tribunal ordenou que permaneça sob custódia durante oito dias, enquanto se apuram as causas do incêndio.
Entretanto, aeronaves gregas e israelitas juntaram-se aos aviões e helicópteros que já combatiam os incêndios, no domingo à tarde. Itália e Reino Unido já estavam no terreno. O responsável pela gestão de crises da Comissão Europeia, tinha anunciado no sábado que estava em curso uma resposta coordenada. O satélite de emergência Copernicus da UE está a rastrear o fogo.
Há áreas que foram já dadas como seguras mas os bombeiros vão continuar a vigiá-las para evitar reacendimentos.