A "Tbilissi Pride" desencadeou marchas de ódio nas ruas da capital da Geórgia, evento acabou cancelado mas violência não foi evitada.
Foi cancelada a "Tbilissi Pride", pelos seus organizadores. A marcha do Orgulho Gay deveria ter decorrido esta segunda-feira mas os promotores do evento dizem que as autoridades pareciam "não querer garantir a segurança" e "impediram ativamente o direito de livre reunião" a quem pretendia participar na celebração.
A possibilidade de realização da marcha, na capital da Geórgia, desencadeou ações de massas anti-LGBT. Vários grupos saíram para as ruas contra a sua realização no dia em que se previa que o evento acontecesse. Os protestos, nos quais participaram representantes da Igreja Ortodoxa Georgiana, terminaram frente ao parlamento e em confrontos entre manifestantes e a polícia. Vários jornalistas foram também atacados por participantes na manifestação.
Através das redes sociais a ILGA World, organização não-governamental que defende os direitos LGBTQIA+ escrevia:
"Estamos solidários com @TbilisiPride e com as nossas comunidades na Geórgia. Juntamo-nos a @ILGAEurope no apelo à investigação da inacção policial e da violação do direito à liberdade de reunião, à integridade física dos jornalistas e aos danos materiais".
O primeiro-ministro georgiano tinha apelado aos organizadores da "Tbilissi pride" para cancelarem a marcha, considerando que apesar de terem seguido todas as regras esta ação representava " um perigo" e levar ao confronto civil já que a maioria dos georgianos são contra este tipo de ações e acrescentava acreditar que existem "grupos radicais da oposição" por detrás desta marcha.
A violação dos direitos LGBT é recorrente nos países do leste da Europa, por exemplo. A Hungria aprovou uma lei que proibi as crianças de terem qualquer acesso a conteúdos LGBT, ou seja, nem sequer informação sobre a matéria.
Em relação à Albânia a ILGA-Europe publicava nas redes sociais a sua preocupação com "o recente discurso de ódio contra um activista LGBTI albanês. Este discurso de ódio levou a um ataque contra uma pessoa trans. Exortamos as autoridades albanesas a investigar devidamente o crime e a assegurar que seja feita justiça".