Ex-diretor de saúde de Bolsonaro detido

Roberto Ferreira Dias, até ao mês passado diretor do Ministério brasileiro da Saúde, é o homem do momento no Brasil. É suspeito de corrupção e foi demitido na sequência de alegações de que exigia um dólar por cada dose de vacina adquirida pelo estado brasileiro.
Foi preso enquanto testemunhava perante a comissão parlamentar de inquérito (CPI) que investiga a resposta do governo de Bolsonaro à Covid-19.
Roberto Ferreira Dias desmentiu as acusações. "Estou a mais de 10 dias sendo massacrado e citado em todos os meios de comunicação sem que haja uma única prova ou indício que sustente tais alegações," afirmou.
Um depoimento que não convenceu o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito. "Não aceito que a CPI vire chacota, nós temos 527.000 mortos, e esse cara brincando de negociar vacina," disse Omar Aziz que depois ordenou a detenção do antigo diretor de Bolsonaro.
"Ele está preso por mentir, por perjúrio, e se eu estiver tendo abuso de autoridade que a advogada dele ou qualquer senador me processe, mas ele vai estar detido agora pelo Brasil, porque nós estamos aqui pelo Brasil, pelos que morreram, pelas vítimas hoje sequeladas. Nós não estamos aqui para brincar, não," declarou Aziz antes de encerrar a sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito do Senado brasileiro.
Roberto Ferreira Dias esteve detido cinco horas, mas saiu depois de pagar uma fiança. Ao processo por corrupção na compra de vacinas, o antigo responsável pela Logística no Ministério da Saúde junta a acusação de perjúrio.