Irlanda do Norte contra "amnistia" de Londres

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Direitos de autor Peter Kemp/1969 AP
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Norte-irlandeses repudiam legislação de Boris Johnson que visa travar julgamentos sobre o conflito na Irlanda do Norte

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Foi com cólera que algumas comunidades da Irlanda do Norte reagiram aos planos do Executivo de Boris Johnson para anular os processos judiciais de crimes cometidos durante três décadas, por altura do conflito armado no território.

A medida acabaria com as acusações por homicídios cometidos tanto por militares britânicos como por membros de grupos militantes.

"É agora difícil, de facto, uma dolorosa verdade que o foco nas investigações criminais é cada vez mais improvável de produzir resultados bem-sucedidos de justiça criminal. No entanto, continua a dividir comunidades e não consegue obter respostas para a maioria das vítimas e das famílias", refere o ministro da Irlanda do Norte, Brandon Lewis.

Muitas famílias esperam, há muitos anos, por justiça.

Atualmente, estão em curso cerca de 36 inquéritos relacionados com os Conflitos na Irlanda do Norte, na segunda metade do século XX.

Muitos estão relacionados com homicídios perpetrados pelo exército e pela polícia. No entanto, estão ainda a ser investigadas muitas mortes imputáveis a grupos paramilitares.

A irmã de Julie Hambleton, Maxine, foi uma das vítimas mortais de atentados a bares de Birmingham, em 1974.

"É imperdoável - e o que está a permitir é que assassinos em massa tenham uma licença para matar. E também permitirá um reinado livre a qualquer potencial terrorista que queira vir para qualquer uma das nossas cidades da Grã-Bretanha e do Reino Unidos e matar impunemente".

Durante três décadas, o conflito da Irlanda do Norte opôs republicanos católicos, partidários da reunificação com a Irlanda, contra os unionistas protestantes. Morreram cerca de 3500 pessoas nos confrontos violentos e atentados bombistas.

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