Candidato do SPD quer aumentar o salário mínimo no país e está já a ganhar terreno nas sondagens, ainda lideradas pelos democratas-cristãos.
A menos de 50 dias das eleições legislativas na Alemanha, Olaf Scholz parece ser o mais provável sucessor de Angela Merkel à frente dos destinos do país. O atual vice-chanceler e ministro das Finanças do SPD oficializou a campanha e está já a reerguer o partido nas sondagens.
A desigualdade social na Alemanha tem sido o trunfo da campanha de Sholz. Este sábado, o candidato de centro-esquerda voltou a acenar aos eleitores com a subida do salário mínimo para 12 euros por hora, no primeiro ano de mandato.
De acordo com as mais recentes projeções do Instituto Forschungsgruppe Wahlen, se houvesse uma eleição federal este domingo, a vitória iria para a CDU, mas sem maioria absoluta.
Os democratas-cristãos, atualmente no governo, caíram dois pontos percentuais no último mês e teriam agora 26% dos votos, longe da maioria absoluta e obrigados a uma coligação partidária para governar.
Os social-democratas (SPD) subiram três pontos nas intenções de voto e estão já taco a taco com os Verdes (com 19%).
Quando é perguntado aos alemães quem gostariam de ver como chanceler do país, o líder da CDU, Armin Laschet, consegue um resultado pior, com apenas 21% dos votos contra os 44% de Scholz. As intenções de voto em Annalena Baerbock estão também em queda; a líder dos Verdes teria apenas 16%, menos quatro pontos que nas últimas sondagens.
A Alemanha vai às urnas a 26 de setembro, nas eleições que marcam a despedida de Angela Merkel como chanceler, após 16 anos no cargo e quatro vitórias eleitorais nacionais consecutivas.