A caminhada da "Pequena Amal" pelos jovens refugiados

"A Pequena Amala" desfila pelas ruas de Atenas
"A Pequena Amala" desfila pelas ruas de Atenas Direitos de autor Louisa GOULIAMAKI / AFP
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De  Francisco Marques
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A campanha iniciou viagem em julho, na Turquia, está na Grécia e o objetivo é o norte de Inglaterra, mas há resistência neste apoio a requerentes de asilo

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Um fantoche gigante em campanha pelos jovens requerentes de asilo em trânsito pela Europa está a dividir opiniões na Grécia.

Batizado como “A Pequena Amal”, este fantoche de 3,5 metros de altura representa uma criança refugiada oriunda da Síria, em migração da Turquia até ao Reino Unido, onde deverá chegar em novembro, numa viagem de oito mil quilómetros, através de diversas cidades, passando por Grécia, onde se encontra agora, Itália, França, Suíça, Alemanha, Bélgica até chegar ao destino final em Manchester, no norte de Inglaterra.

A iniciativa intitulada "The Walk" ("A Caminhada", em tradução literal) começou em julho, tem como protagonista o fantoche criado pela companhia "Handspring Puppet Company", fundada na África do Sul, em 1981, e está a caminho com um propósito.

"A Pequena Amal" tem à espera em cada uma das escalas estabelecidas receções com diversos eventos culturais e o objetivo desta campanha é chamar a atenção para as necessidades dos jovens requerentes de asilo em trânsito pela Europa na busca por uma vida melhor e em segurança.

"Esperamos que a 'A Caminhada' traga uma nova luz às viagens que os refugiados são obrigados a enfrentar e que galvanize apoio para um mundo onde todos os que procuram asilo tenham acesso a uma passagem segura", escreveu Beth Gardiner-Smith, a diretora-executiva da "Safe Passage", uma organização de apoio a jovens requerentes de asilo.

Na Grécia, no entanto, onde "A Pequena Amal" já chegou há algumas semanas, a iniciativa está a ter alguma resistência por representar uma pessoa de fé islâmica em locais de de forte predominância da igreja cristã ortodoxa. Aconteceu em Meteora, no centro do país, no final de agosto.

Além da resistência dos clérigos locais, também alguns residentes manifestaram o receio de que ao acolherem a iniciativa isso poderia motivar a que mais requerentes de asilo para a Grécia, um dos países europeus mais afetados pela crise migratória da última década.

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