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"Reforma" talibã faz temer regresso ao passado no Afeganistão

"Reforma" talibã faz temer regresso ao passado no Afeganistão
Direitos de autor  Wali Sabawoon/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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De Bruno Sousa & Anelise Borges
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Manifestações estão proibidas e são reprimidas de forma violenta desde que o novo governo foi anunciado pelos talibãs

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Mulheres chibateadas nas ruas de Cabul por ousarem pedir liberdade durante uma manifestação. Jornalistas detidos e agredidos por se limitarem a fazer o seu trabalho. As imagens chocam e fazem temer um regresso ao passado do regime talibã no Afeganistão.

Desde que a composição do novo governo foi anunciada que estão proibidas todas as manifestações que não tenham sido aprovadas pelo regime talibã. O executivo é de linha dura, mas os novos governantes afegãos sublinham que se trata de um elenco provisório.

Zabihullah Mujahid insiste que "o governo não está completo mas estará em breve. As pessoas estão a trabalhar e temos pela frente muitas reformas. Os gabinetes estavam vazios e introduzimos supervisores para melhorar o funcionamento".

Questionado pela euronews se estavam preocupados em convencer a comunidade internacional que o novo governo era inclusivo, o porta-voz dos talibãs respondeu sem responder:

"Todos os problemas estão resolvidos. O mais importante é melhorar a questão da segurança, todas as outras questões estão resolvidas."

Apesar do medo e das cenas inquietantes vividas em Cabul desde o anúncio do governo afegão, por enquanto os Estados Unidos dão o benefício da dúvida aos talibãs.

Para o Secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, admite que a Casa Branca vai esperar antes de condenar antecipadamente os novos líderes do Afeganistão:

"Apesar de terem afirmado que o novo governo seria inclusivo, a lista de nomes anunciada integra apenas membros dos talibãs, ou indivíduos que lhes são próximos, e nenhuma mulher. No entanto, compreendemos que os talibãs apresentaram este executivo como um governo interino e iremos julgá-lo pelas suas ações."

O mundo está mais atento que nunca ao Afeganistão mas nem por isso o medo se dissipa para quem foi obrigado a ficar no país.

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