Trabalhadores de plataformas digitais a caminho de futuro promissor

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Direitos de autor Shuji Kajiyama/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
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Eurodeputados votaram uma resolução a favor de exigir que a União Europeia garanta que estas pessoas têm direito, por exemplo, a férias adequadas e cuidados de saúde

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Entregar comida a qualquer momento e estar sempre disponível para satisfazer qualquer pedido. As duras condições de trabalho dos chamados trabalhadores das plataformas digitais estão sob escrutínio crescente.

Os eurodeputados votaram esta quinta-feira, de forma esmagadora, uma resolução a favor de exigir que a União Europeia garanta que estas pessoas têm direito, por exemplo, a férias adequadas e cuidados de saúde.

"Existem 23 milhões de pessoas a trabalhar para estas plataformas. Por isso, precisamos de regulamentação clara para protegê-las. Não podemos considerar que são como outra classe de trabalhadores. Deveriam ter os mesmos direitos e não devemos começar a ter essas diferenças na União Europeia, introduzindo um estatuto em que não são empregados nem trabalhadores independentes. Precisamos de dar um sinal forte", sublinhou, em entrevista à Euronews, a eurodeputada luxemburguesa do Grupo dos Verdes/Aliança Livre Europeia, Tilly Metz.

No início desta semana, um tribunal holandês deu razão aos sindicatos, ao entender que os motoristas da Uber são trabalhadores dependentes e que, por isso, têm direitos.

Em maio, a Uber divulgou um comunicado no qual referia que forçar a empresa a aceitar motoristas como funcionários seria "uma grande troca, eliminando virtualmente todos os aspetos da flexibilidade que levava muitos funcionários que se apoiam em aplicações a escolher este tipo de trabalho em primeiro lugar."

O voto do Parlamento Europeu significa que a Comissão irá apresentar, em conjunto, uma diretiva sobre a matéria.

Os sindicatos dizem que é importante fazer as coisas bem feitas.

"Para nós não há nada de inovador em pagar pessoas abaixo do salário mínimo, sem proteção social e direitos laborais. Na verdade, são as pessoas que mais precisam de um salário que trabalham para essas plataformas. Muitos jovens que estão a entrar no mercado de trabalho, mas também os mais precários, aqueles que estiveram desempregados durante muito tempo", lembrou Ludovic Voet, da Confederação Europeia de Sindicatos.

Para os trabalhadores das plataformas digitais, estas notícias significam que podem estar a caminho de uma grande mudança nos direitos laborais na União Europeia.

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