Mulheres afegãs reclamam direitos aos talibãs

Mulheres afegãs reclamam direitos aos talibãs
Direitos de autor AP/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved.
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Transição de regime marcada pela violência sucessiva em Jalalabad.

PUBLICIDADE

Por estes dias, ser mulher e sair às ruas de Cabul em protesto pelo direito ao trabalho e à escola, parece um exercício quase impossível. E, no entanto, dezenas de mulheres afegãs vieram desafiar o novo regime talibã que acusam de simplesmente as erradicar da vida pública.

"Segundo o Islão, as mulheres têm mais direitos. Porque é que nos estão a tirá-los? As escolas para mulheres têm de voltar a abrir. As mulheres têm de voltar ao trabalho. Têm de voltar a trabalhar como antes. Não pedimos nada mais. Precisamos dos nossos direitos humanos", dizia uma manifestante.

A ver pelas palavras do novo autarca de Cabul, o caminho não parece ser esse. Molavi Hamdullah Nomani declarou que só as mulheres que preencham cargos municipais que não possam ser assumidos por homens é que podem regressar à atividade

As mulheres têm de voltar ao trabalho. Têm de voltar a trabalhar como antes. Não pedimos nada mais. Precisamos dos nossos direitos humanos.
Manifestante afegã

As escolas secundárias passaram a ser terreno interdito a raparigas. E o Ministério dos Assuntos Femininos deu lugar ao da Promoção da Virtude e da Prevenção do Vício.

A transição passou agora a ser marcada pela violência. Um atentado à bomba matou quatro pessoas, incluindo dois talibãs, em Jalalabad, o segundo ataque mortal nesta cidade no espaço de 24 horas.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Talibãs anunciam encontro com delegação da União Europeia

Começaram os funerais das vítimas do sismo no Afeganistão

Ajuda internacional custa a chegar ao Afeganistão