Novo campo de refugiados grego oferece melhores condições mas não escapa às críticas

Novo campo de refugiados grego oferece melhores condições mas não escapa às críticas
Direitos de autor Michael Svarnias/Copyright 2021 The Associated Press. All rights reserved
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Após vários anos de controvérsia e atrasos, a Grécia abriu um novo campo de refugiados na ilha de Samos, fechado e controlado. Guylain Ngawuma é um dos refugiados transferidos do antigo campo.

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Após vários anos de controvérsia e atrasos, a Grécia abriu um novo campo de refugiados na ilha de Samos, fechado e controlado. Guylain Ngawuma é um dos refugiados transferidos do antigo campo. A França aceitou o pedido de asilo deste homem de 29 anos, que vai partir em breve, mas Ngawuma não vai esquecer a falta de condições do local anterior onde viveu: «Foi muito mau, muito mau. Aqui as condições são boas. Temos um lugar para dormir bem e não temos ratos, como tínhamos no antigo acampamento».

Algumas ONGs e ativistas argumentam que a nova infraestrutura não é mais do que uma prisão cara. As autoridades gregas rejeitam a crítica. 

Para a família Mohammed, a estadia no novo campo deve ser curta. A família curda, que vive num contentor com casa de banho, pediu para ser transferida para o continente o mais depressa possível. «O novo campo é bom, mas queremos uma resposta, uma decisão sobre o nosso pedido de asilo. Quero que meus filhos tenham um lar. Eles merecem mais. A minha filha adora a escola e gosta de aprender línguas estrangeiras. Quero que o meu filho tenha um futuro», diz o refugiado Mohammed Mohammed. 

«Quero ficar na Grécia. Quero aprender grego e falar bem. Não é fácil, mas estou a tentar. Quero ficar neste país. Tenho a certeza disso», sublinha a filha, Raz Mohammed.

Nos últimos anos, a Grécia tem sido fortemente criticada pelas péssimas condições de vida nos campos das ilhas do mar Egeu. Atenas considera que a nova estrutura encerra esse capítulo negro. «Todos os que visitaram o antigo acampamento concordam que foi uma vergonha para a Grécia. Podia acomodar 680 pessoas e chegou a ter mais de 7000. Essa vergonha acabou. Construímos uma estrutura moderna que pode acomodar 3 mil pessoas, mas que agora tem apenas 270», realça o secretário-geral grego para a Migração e Asilo, Manos Logothetis. 

«Menos refugiados, melhores condições de vida e afastado dos centros urbanos. Este era o objetivo do governo grego que, no caso de Samos, se tornou realidade. No entanto, uma possível nova onda de migrantes do Afeganistão pode mudar tudo e evocar memórias de 2015», conclui o correspondente da Euronews na Grécia, Apostolos Staikos.

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