Composição de novo executivo é uma incógnita, há várias opções em aberto.
Depois da vitória, chegou o quebra-cabeças de Olaf Scholz. O líder do Partido Social-Democrata alemão, SPD, será em princípio o novo chanceler, na sequência das eleições de domingo. Mas sem maioria e com os rivais da CDU muito próximos, Scholz vai precisar de formar uma coligação. Os Verdes e os liberais do FDP são os parceiros privilegiados.
"Penso que vamos ter, muito em breve, uma solução para o governo. Se possível, antes ainda do Natal. Para nós, é claro que recebemos um mandato para formar um governo por todos os partidos que ganharam as eleições. O SPD, que ganhou muitos votos, os verdes e o FDP. Vamos trabalhar juntos nisso", disse Scholz.
Apesar de ter ficado em segundo lugar, a CDU pode ainda chegar ao governo - ou através de uma grande coligação com o SPD, que parece menos provável, ou caso os Verdes e os Liberais prefiram formar governo com os Democratas-Cristãos... por isso, os dois grandes partidos tentam agora convencer os mais pequenos, que acabam por ser quem escolhe o novo chanceler.
Armin Laschet, líder da CDU, disse: "Perante estes resultados, nenhum partido pode dizer que tem um mandato para formar governo. Nem nós, tal como disse ontem, nem o SPD".
Annalena Baerbock é uma figura cada vez mais presente na política alemã e foi a cara deste ressurgimento dos verdes, que praticamente duplicaram a votação desde as legislativas de há quatro anos e se afirmam como terceira força política do país, preparando-se para regressar ao governo, o que não acontecia desde a era Schroeder.
Também o partido liberal FDP, agora liderado por Christian Lindner, duplicou a votação em relação às últimas eleições e voltou a ganhar uma importância que há muito não tinha. O FDP esteve no governo pela última vez entre 2009 e 2013, no segundo governo de Angela Merkel. Nas eleições seguintes, desapareceu do espetro parlamentar, até que conseguiu um renascimento e prepara-se agora, também, para voltar ao poder.