Governo britânico tenta compensar falta de camionistas especializados com motoristas das forças armadas quando um quarto dos postos de abastecimento já estão secos
A crise no fornecimento de combustíveis no Reino Unido está a melhorar ligeiramente na Escócia e no norte e pare do centro de Inglaterra, mas no sudeste da ilha da Grã Bretanha e em Londres está a agravar-se, avisa a Associação britânica de Retalhistas de Combustíveis (PRA).
Este fim de semana, foram mobilizados os militares, incluindo uma centena de motoristas, e espera-se que a partir de segunda-feira acelere o reabastecimento dos postos ao serviço da população.
O secretário da Defesa do Reino Unido garante que o primeiro contingente militar "estará a trabalhar já durante este fim de semana, havendo mais mobilizados para segunda-feira". "Depois lá para o final da semana haverá mais 60 ou 70. Serão por isso mais de 200 militares no final da semana", antecipou Ben Wallace, numa entrevista à BBC.
A crise foi provocada pela falta de camionistas especializados na distribuição de combustível das refinarias para os postos de abastecimento.
Há quem aponte o dedo ao Brexit, por ter empurrado para fora do Reino Unido uma larga fatia de camionistas especializados no transporte de combustíveis que não eram britânicos ou que preferiram continuar a trabalhar no território da União Europeia, onde as condições serão mais favoráveis.
O Governo britânico e as grandes petrolíferas têm tentado assegurar que a situação está a estabilizar-se, mas na sexta-feira mais de um quarto (26%) dos postos independentes de abastecimento no Reino Unido continuavam secos, revelou Gordon Balmer, da PRA, em entrevista à Sky News.