Inflação da zona euro acelera para 4,1% em outubro

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Direitos de autor Michael Probst/Associated Press
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Trata-se do aumento mais alto desde 2008. Escalada dos preços da energia é uma das principais causas, de acordo com uma estimativa rápida do Eurostat

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Em outubro, a taxa de inflação da zona euro fixou-se nos 4,1%, face aos 3,4% registados no mês de anterior.

Trata-se de um máximo em 13 anos, de acordo a estimativa rápida do gabinete de estatísticas europeu Eurostat, divulgada esta sexta-feira.

A variação é explicada, em grande parte, pela escalada dos preços da energia, que em outubro registaram um aumento homólogo de 23,5%.

Para o economista, Bert Colijn, do banco ING, há mais razões: "As questões da energia são muito importantes. Percebemos que cerca de metade da inflação que estamos a observar atualmente na Europa é causada diretamente pelos preços mais elevados da energia, tanto pelos preços dos combustíveis, que atingiram um recorde, como também pelo recente aumento nos preços do gás. Ao mesmo tempo, percebemos também que os preços dos bens começaram a subir à medida que a escassez de abastecimentos e os problemas com contentores em todo o mundo aumentaram os preços para os produtores, que agora estão gradualmente a ser passados para os consumidores."

Em Portugal, a taxa de inflação em outubro foi de 1,8%, a segunda mais baixa após Malta (1,4%), entre os 19 Estados-membros para os quais o Eurostat tem dados comparáveis.

O Banco Central Europeu (BCE) reafirmou, esta quinta-feira, a política de estímulos, que se mantém inalterada.

Um compromisso que não agrada investidores céticos em relação ao discurso de que a alta da inflação é temporária da presidente do BCE.

"Prevemos que a inflação continue a subir no curto prazo, mas que recuará no decorrer do próximo ano", referiu Christine Lagarde.

Ainda de acordo com o Eurostat, o PIB da zona do euro cresceu 2,2% no terceiro trimestre em comparação ao trimestre anterior, apesar das grandes divergências entre os Estados-membros.

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