G20 chega a acordo para limitar aquecimento global a 1,5 graus

Os países do G20 comprometeram-se em Roma a "fazer um esforço" para limitar o aquecimento global a 1,5 graus, embora a descarbonização só se concretizará "por volta da metade deste século". Uma fórmula vaga que permitiu um acordo, mas que não satisfaz todos os participantes. O secretário-geral da ONU, António Guterres, não escondeu o desapontamento, mas o primeiro-ministro italiano, Mario Draghi, mostrou-se orgulhoso.
"Os países do G20 comprometeram-se a manter a meta de 1,5 graus com uma série de ações imediatas e compromissos de médio prazo. Decidimos deixar o carvão para trás, começando com o compromisso público internacional de eliminar o financiamento para as centrais elétricas a carvão. Todo este financiamento vai parar até 2021", realçou Draghi.
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, considerou que os avanços conseguidos no G20 "não são suficientes". Johnson espera que na COP26 haja "vontade e coragem de todos". "Se Glasgow fracassar, tudo fracassará. O Acordo de Paris terá desmoronado na primeira avaliação, o único mecanismo do mundo viável para lidar com as alterações climáticas, ficará abaixo da linha de água. Neste momento, o Acordo de Paris e a esperança que ele trouxe, é apenas um pedaço de papel", lembrou.
O grupo ambientalista Extinction Rebellion protestou nas ruas de Roma contra a cimeira do G20.