Líderes mundiais alertam que não há tempo a perder no compromisso com os objetivos do Acordo de Paris.
Com as notáveis ausências de Putin, Xi Jinping e Bolsonaro (ou seja, Rússia, China e Brasil, três dos países mais responsáveis pelas emissões de CO2), mais de 130 líderes políticos de todo o mundo estão reunidos em Glasgow, na Escócia para aquela a que muitos chamam a "cimeira da última oportunidade": A COP26, cimeira das Nações Unidas sobre o clima, espera encontrar soluções práticas e compromissos para se chegar às metas do acordo de Paris.
O anfitrião, Boris Johnson, lembrou o mais famoso dos compatriotas da ficção, James Bond, e a necessidade de desarmar uma bomba-relógio que, essa sim, é real: "Durante 200 anos, os países industrializados estiveram na completa ignorância do problema que estavam a criar. Agora têm o dever de encontrar os fundos necessários: 100 mil milhões de dólares por ano prometidos na cimeira de Paris até 2020, mas que não vão estar disponíveis até 2023".
O secretário-geral da ONU, António Guterres, falou do que diz ser uma sentença de morte para a humanidade, que é preciso evitar a todo o custo.
"Mesmo na melhor das hipóteses, a subida das temperaturas será de mais de dois graus. Nesta conferência sobre o clima há muito esperada, continuamos a dirigir-nos para um desastre climático. Os jovens sabem disso. Todos os países sabem. Pequenos estados insulares e outros países vulneráveis já estão a viver as consequências. Para eles, falhar não é uma opção. Falhar é uma sentença de morte".
Na abertura desta COP26 falou também o Príncipe Carlos, que lembrou a necessidade do setor privado participar, ao lado dos governos, nos esforços para cumprir as metas de Paris e travar o aquecimento global. A principal meta é limitar a um 1,5 graus Celsius, até ao fim deste século, o aquecimento global em relação aos níveis pré-industriais, assim como chegar, em breve, à neutralidade no que toca às emissões de carbono.