França quer retomar construção de reatores nucleares

França quer retomar construção de reatores nucleares
Direitos de autor euronews
Direitos de autor euronews
De  Maria Barradas com AFP
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Mais reatores nucleares é a estratégia de Emmanuel Macron para atingir as metas de redução de carbono e garantir a independência energética da França

PUBLICIDADE

A França quer voltar a costruir reactores nucleares no seu território.

Num discurso televisivo, o presidente Emmanuel Macron defendeu esta estratégia para alcançar a neutralidade de carbono até 2050, satisfazer as futuras necessidades energéticas do país e mantê-lo independente.

Macron disse: "Se quisermos pagar a nossa energia a preços razoáveis e não depender do estrangeiro, precisamos de continuar a economizar energia e a investir na produção de energias sem carbono"

Estas declarações surgem em plena COP26 sobre as alterações climáticas, num contexto de subida em flecha dos preços da energia na Europa e no meio de um debate aceso na sociedade francesa entre os que apoiam e os que condenam a energia nuclear.

A ONG Greenpeance considerou os anúncios do presidente Macron "irrealistas" e "antidemocráticos".

A grande maioria da energia produzida em França provém de centrais nucleares. As energias renováveis ainda têm pouca expressão - apenas 25% no conjunto das diversas formas: hídrica, eólica, solar e bioenergética.

Num relatório recente, o organismo gestor da rede elétrica francesa afirma que as energias renováveis exigem investimentos maiores e que os reatores nucleares são muito mais competitivos economivamente.

Emmanuel Macron não falou da estratégia, para ampliar a produção, mas a EDF propôe a construção de mais seis EPR de água pressurizada, como o de Flammanville, no Canal da Mancha, e pede decisões rápidas, já que do início do projeto até ao funcionamento dos reatores vão ser necessários 10 anos.

Se tudo correr bem, só o debate público e os pedidos de autorização ao ministério da Transição Ecológica e à autoridade de segurança nuclear poderão levar cinco anos.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Iraque diz que vai agir sozinho se Irão não cumprir acordo nuclear

Jornalistas têm acesso raro a submarino nuclear francês da classe Rubis

Polícia encontra mais de 60 quilos de canábis em casa de autarca francesa