Milhares de pessoas presas entre a Bielorrússia e a Polónia

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Direitos de autor Oksana Manchuk/BelTA
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De  Nara Madeira com AFP, AP
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Milhares de pessoas esperam para atravessar a fronteira de Kuznica-Bruzgi, entre a Bielorrússia e a Polónia

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A Polónia anunciou que começará a construir um muro na fronteira com a Bielorrússia em dezembro. Cerca de 4.000 migrantes estão retidos em campos de refugiados improvisados depois do país ter reforçado a sua fronteira com a Bielorrússia com 15.000 militares que se juntaram à guarda fronteiriça e polícias.

Por seu lado a Bielorrússia garante não quer um conflito na sua fronteira com o país vizinho devido a esta crise migratória. Alexander Lukashenko, o presidente do país afirmava que os jornalistas bielorrussos "e outros, têm razão ao tirar conclusões de que a Polónia precisa hoje deste conflito. Há problemas internos mais do que suficientes, problemas com a União Europeia, e já há problemas entre as multidões e até tiroteios na fronteira. Não queremos qualquer conflito na nossa fronteira".

Lukashenko referia ainda que Minsk está a trabalhar, "ativamente", para devolver os migrantes presos nesta fronteira aos seus países, acrescentando que são pessoas teimosas e que não querem partir.

Já a correspondente da euronews que está no terreno adiantava que há "informações preocupantes vindas de Bielorrússia". Valérie Gauriat dizia que na manhã desta segunda-feira ouviu rumores de que "alguns soldados bielorrussos ofereceram armas a migrantes dizendo-lhes, alegadamente, para atravessarem a fronteira e para não hesitarem", terão dito a um deles: "usa a arma se fores detido por forças polacas". Também há relatos de que alguns dos requerentes de asilo estão a enviar mensagens a dizer que recusam este tipo de pressão e que estão a fazer tudo o que podem para evitar a violência__", acrescentava a repórter.

A União Europeia prepara-se para alargar o âmbito das sanções contra a Bielorrússia para "fazer frente à instrumentalização dos migrantes com fins políticos", dizia Josep Borrell, o chefe da Diplomacia europeia.

Os 27 estados-membros da UE já impuseram quatro conjuntos de sanções às autoridades e altos funcionários bielorrussos, durante eleições de agosto do ano passado. O quinto pacote inclui companhias aéreas, agentes de viagens e outros agentes acusados de ajudar a levar migrantes para Minsk.

O bloco forte europeu acredita que Lukashenko começou a atrair migrantes para a Bielorrússia, nos últimos meses, como forma de retaliação e com o objetivo de desestabilizar os 27.

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