Primeiro-ministro polaco diz que o seu país enfrentar um "novo tipo de guerra"

A Polónia está a enfrentar um "novo tipo de guerra", a "maior tentativa de desestabilização da Europa" desde a Guerra Fria. Quem o diz é o primeiro-ministro polaco.
Nas redes sociais Mateusz Morawiecki escrevia que o presidente da Bielorrússia lançou uma guerra híbrida contra a União Europeia. Acrescentando que não cederá "à chantagem e fará tudo para defender as fronteiras da UE. A Polónia, Letónia, Lituânia e Estónia", precisam de apoio. "Temos de nos unir para defender a Europa", afirmava.
Para o chefe do executivo polaco "este é apenas o início de uma crise mais longa", provocada pelo _"__regime de Lukashenko"_e "provavelmente dirigida pelo Kremlin". Morawiecki afirmava que são conhecidos _"_os contactos diplomáticos e oficiais da Bielorrússia com a Rússia, Uzbequistão e Afeganistão. Há, muito provavelmente, uma tentativa de utilizar a crise no Afeganistão como parte da crise migratória", acrescentava.
Na primeira paragem de um périplo pelos países vizinhos, na Estónia, o chefe do executivo polaco dizia que "os migrantes" e "a desinformação" estão a ser usados como uma arma.
O Ocidente acusa Lukashenko de utilizar os migrantes como peões como retaliação às sanções lançadas pela UE.
A Bielorrússia tem recebido milhares de migrantes desde o verão passado e empurra-os depois para a Polónia que os devolve garantindo que está a proteger a fronteira de toda a Europa. E nem todas estas pessoas têm a possibilidade de regressar a casa ou partir para a Europa, há quem morra no caminho para cumprir um sonho.