Autoridades e sociedade civil apelam à vacinação para reduzir vítimas de COVID-19 na Roménia

“Eles sufocam”.
“Eles imploram”.
“Eles arrependem-se”.
Outdoors com mensagens de alerta chamam a atenção no centro de Bucareste.
Cristian Movilă fotografou mais de 150 horas nas 19 unidades de cuidados intensivos da Roménia. E tenta, através da arte, convencer as pessoas a vacinarem-se contra a COVID-19.
“Se mostrarmos a realidade, muito crua, dos cuidados intensivos, não dá para ignorar, não dá para apagar da memória. Por isso, espero que este tipo de imagens e mensagem fique aí, e depois de um ou dois dias ou de uma semana, as pessoas vão decidir", afirma.
A Roménia reportou nas últimas semanas a maior taxa de mortalidade per capita do mundo por Covid-19. Por dia morrem centenas de pessoas diariamente no país de leste, onde a taxa de vacinação é inferior a 50 por cento.
Perante este cenário, as autoridades e os médicos, como Daniela Miu, insistem que a prevenção é a melhor proteção.
O coordenador da campanha de vacinação, Valeriu Gheorghită, está convencido de que a COVID-19 veio para ficar.
A urgência da situação na Roménia chegou a Bruxelas. O Comissário Europeu do Mercado Interno, e responsável pela task-force da vacinação da União Europeia, Thierry Breton, visitou o país, falou com as autoridades e deixou a mensagem à população de que existem duas ferramentas para combater a pandemia: a vacina e o certificado verde digital que garante a todos a liberdade de circulação.
"Enquanto Comissário, trabalhei com a minha equipa para disponibilizar este certificado. Agora está funcionar para os 27 países, mas também muito mais - está a funcionar tão bem, é tão útil que 75 países já adotaram o certificado fora da União Europeia. Porque o certificado verde e a vacina são a solução para nos livrarmos da pandemia".
A lei para implementar o certificado verde digital na Roménia está bloqueada no parlamento, após o chumbo dos sociais-democratas e dos senadores da extrema-direita. A discussão continua na Câmara dos Deputados.