O diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) defendeu ainda que a África do Sul e o Botswana não devem ser penalizados por detetarem e comunicarem a existência de uma nova variante.
Dois anos após a covid-19 ter começado a abalar o mundo e com uma nova variante de coronavírus a propagar-se, os líderes mundiais querem olhar para o futuro.
Até quarta-feira, especialistas e delgados de vários países vão estar reunidos em Genebra, a convite da Organização Mundial da Saúde (OMS), para chegarem a um acordo global de medidas contra uma próxima pandemia.
O diretor-geral da OMS reconheceu, esta segunda-feira, o "risco altamente elevado" da Ómicron, bem como a capacidade de mutação da nova variante.
"Se há uma coisa que aprendemos, é que nenhuma região, nenhum país, nenhuma comunidade e nenhum indivíduo estão seguros até estarmos todos a salvo. O aparecimento da variante altamente mutante de Ómicron sublinha o quão perigosa e precária é a nossa situação. (...) A Ómicron demonstra a razão pela qual o mundo precisa de um novo acordo sobre pandemias", proferiu Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ainda esta segunda-feira, os ministros da saúde das sete maiores economias do mundo reuniram-se de emergência para debater a Ómicron. Após a reunião convocada pelo governo do Reino Unido, o G7 reconheceu o caráter "altamente contagioso" da nova variante e "a importância estratégica de garantir o acesso às vacinas" a todos os países.
Nos Estados Unidos, Joe Biden vai pedido calma. O presidente norte-americano afirmou que "esta variante é motivo de preocupação, não de pânico. Temos as melhores vacinas do mundo, os melhores medicamentos, os melhores cientistas, estamos a aprender mais a cada dia que passa. E vamos combater esta variante com ações cientificamente comprovadas e rapidez, não com caos e confusão".
Com o Natal à porta e vários casos da nova variante detetados, vários estados europeus consideram novas restrições e estão já a limitar a entrada de passageiros vindos do Botswana e da África do Sul, onde os primeiros contágios da Ómicron foram registados.
Alguns países, admitem mesmo a possibilidade de voltar a confinar e a limitar a circulação de cidadãos antes das festas, tal como já aconteceu na Áustria.