Eduardo Cabrita demite-se após acusação contra motorista

Ministro Eduardo Cabrita envolvido em acusação do Ministério Público
Ministro Eduardo Cabrita envolvido em acusação do Ministério Público Direitos de autor Olivier Hoslet, Pool via AP/ Arquivo
De  Euronews
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A viatura oficial do ministro Eduardo Cabrita está implicada num acidente mortal ocorrido numa autoestrada de Portugal. Ministério Público avançou com acusação

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Eduardo Cabrita apresentou a demissão ao primeiro-ministro António Costa, depois de ter voltado a rejeitar qualquer responsabilidade no acidente mortal em que esteve envolvido, na sequência da acusação formal deduzida contra o condutor.

O motorista do ministro da Administração Interna de Portugal foi acusado pelo Ministério Público de homicídio por negligência e de duas contraordenações", na sequência do acidente ocorrido na A6, em junho de 2021, no qual morreu um trabalhador da manutenção daquela via.

De acordo com uma nota publicada na página da Internet do Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP) de Évora, foi deduzida a acusação, requerendo o julgamento por tribunal singular, contra um arguido, o condutor do veículo automóvel interveniente num acidente de viação ocorrido na A6, no dia 18 de junho de 2021.

A viatura, onde seguia o ministro, outros três ocupantes e o motorista, seguia a cerca de 163 quilómetros por hora, na via da esquerda daquela autoestrada portuguesa, avança o jornal Observador, que teve acesso ao despacho da acusação.

O acidente ocorreu a 18 de junho deste ano. A vítima, Nuno Santos, tinha 43 anos, foi atropelado quando se encontrava no separador central, tendo o carro colidido com a parte lateral esquerda, numa altura em que no havia trânsito, com a estrada em bom estado e quando em nada "se justificava a opção pela condução pela via da esquerda."

Paulo Cunha/LUSA
O BMW em que viajava Cabrita, logo após o acidentePaulo Cunha/LUSA

De visita ao posto da GNR de Lagos, esta sexta-feira de manhã, o ministro respondeu aos jornalistas que era apenas "passageiro" no momento do acidente mortal e que "o esclarecimento dos factos tem de ser feito" sem cair num "repugnante aproveitamento político de uma tragédia pessoal".

"Eu sou passageiro. É o Estado de direito a funcionar. Temos de confiar no Estado de direito. Ninguém está acima da lei", afirmou Eduardo Cabrita, considerando ser "nesta fase que se irá permitir esclarecer as condições em que ocorreu o acidente".

"Estamos a falar de um atravessamento de uma via não sinalizada. Portanto, as condições do atravessamento da via têm de ser esclarecidas no quadro do acidente”, afirmou o ministro.

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