Governos tentam conter propagação da variante Ómicron mas há quem conteste medidas
De confinamentos para os não-vacinados a mais restrições para os viajantes, vários países europeus avançam esta semana com uma panóplia de novas medidas para tentar combater a ascensão da variante Ómicron.
À semelhança de Portugal, a Irlanda começou este domingo a exigir um teste negativo realizado antes da viagem a todas as pessoas que chegam ao território. Mas os viajantes que acedem ao território irlandês terão também de realizar um novo teste, depois de entrarem no país.
Quem vai para a Suíça depara-se com uma situação semelhante, que ainda assim é menos restritiva do que a quarentena, que tinha sido imposta pelas autoridades helvéticas no dia 27 de novembro, antes de finalmente ser abandonada este fim-de-semana.
Mesmo cenário no Reino Unido, que passa a exigir um teste PCR realizado antes da viagem e outro depois da entrada no seu território, que deve ser realizado nos primeiros dois dias, obrigando os viajantes a um auto-isolamento até receberem o resultado negativo do segundo teste.
O reforço das restrições é recebido com protestos em vários pontos da Europa.
Este domingo, centenas de pessoas desfilaram pelas ruas de Copenhaga para contestar as restrições sanitárias decretadas pelo governo dinamarquês. O país reintroduziu a obrigatoriedade do porte de máscara nos transportes públicos e numa série de outros locais, ao mesmo tempo que lançava a campanha de vacinação para as crianças entre os cinco e onze anos.
Na capital belga, Bruxelas, a polícia teve mesmo de recorrer a canhões de água e gás lacrimogéneo durante um protesto que reuniu milhares de pessoas, que marchavam em direção à sede da União Europeia.